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Wednesday, February 6, 2013

 
 
HISTÓRIA DAS VANGUARDAS AMERICANAS. SOCIEDADE  ANÔNIMA [SOCIÉTÉ ANONYME INC., NOVA YORK, 1920-1952).



Os artistas Katherine Dreier (1877-1952), Marcel Duchamp (1877-1968) e Man Ray (1890-1976) fundaram a Sociedade Anônima (Société Anonyme, Inc., Nova York, 1920). Esta associação visava organizar o primeiro centro experimental para divulgação da arte moderna na América, propiciando oportunidades para sua apresentação através de exposições inovadoras e itinerantes ao território norte-americano além do estabelecimento de programas educacionais e publicação de livros e outras atividades. Os artistas achavam importante que a história da arte fosse escrita não somente por acadêmicos e historiadores, mas também apresentasse a visão dos artistas: a Sociedade Anônima lançou c. de trinta publicações originais.

A galeria da Sociedade Anônima, localizada na Leste 19 rua 47, lançou Programas Educativos, organizou eventos Dadaístas, além de mais de oitenta exposições de arte contemporânea, apresentando aos Estados Unidos as primeiras mostras individuais de expoentes das vanguardas européias como o russo Wassily Kandinsky (1866-1944), o francês Fernand Léger (1881-1955), o suíço Paul Klee (1879-1940), o romeno Constantin Brancusi (1876-1957), o holandês Piet Mondrian (1872-1944), a alemã Angelika Hoerle (1899-1923) e o próprio Marcel Duchamp, além de divulgar vanguardistas norte-americanos como Man Ray, Joseph Stella (1877-1946) e o artista canadense do dito, Grupo dos Sete, Lawren Stewart Harris (1885-1970), entre outros. Todos os citados participaram das vanguardas internacionais e fizeram contribuições decisivas ao modernismo.
A mostra inaugural da Galeria de Arte da Sociedade Anônima estabeleceu a estética estilistica democratica e internacional que predominou na curadoria das mostras organizadas na instituição nas próximas três décadas (30 abril 1920-1950). Os visitantes foram surpreendidos pelo design Duchampiano com paredes recobertas por tecido branco que capturava as luzes azuladas dos arranha-céus próximos, bem como a iluminação elétrica projetada por Man Ray. Duchamp recobriu o piso antiquado de madeira da arquitetura tradicional com manta industrial cinza, e apresentou quadros com bastante espaço entre os mesmos, mas acrescentou-lhes papel rendado ao redor das molduras, no melhor do espírito Dadaísta. O crítico de arte do jornal New York Herald, Henry McBride, recomendou a visita à mostra com o comentário:



[…] Qualquer pessoa deve subir dois lances de escada, pagar 26 centavos para ser admitido na primeira exposição da Société Anonyme, Inc., mas mesmo aqueles para os quais dispender alguns centavos é assunto sério, provavelmente não se arrependerão do investimento. Pagar para assistir a um filme pelo dobro do preço dá a qualquer um menos para lembrar.[...] 

 
Depois da conhecida Exposição da Armada (1913) a mostra coletiva Americana mais importante foi a Exposição Internacional do Brooklyn (Brooklyn Museum, Nova York, nov.,1926), que apresentou c. 300 obras de 106 artistas de 19 países. Muitos artistas das vanguardas internacionais mostraram pela primeira vez suas pinturas e esculturas abstratas ao público Americano, acostumado à visualização de obras de Arte Figurativa.
 
Dreier organizou a mostra com vários colaboradores, artistas vanguardistas como Duchamp, Fernand Léger (1881-1955), Kandinsky, Heinrich Campendonk (1889-1957), Kurt Schwitters (1887-1948), Alfred Stieglitz (1874-1946) e Anton Giulio Bragaglia (1890-1960). Antes de sua itinerância nacional a exposição recebeu mais de 52.000 visitantes,
(continua)



 

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