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Wednesday, March 20, 2013

HISTÓRIA DAS VANGUARDAS AMERICANAS: AS REVISTAS DADAÍSTAS PUBLICADAS EM NOVA YORK.
NEW YORK DADA [NOVA YORK DADÁ].
RONGWRONG [ERROERRADO].
THE BLIND MAN [O CEGO].
THE RIDGEFIELD GAZOOK [A GAZETA DE RIDGEFIELD].
TNT


NEW YORK DADA [NOVA YORK DADÁ].
A revista New York Dada (Nova York, abr., 1921), porta-voz do Dadaísmo nova-iorquino, foi publicada com único número por Marcel Duchamp e Man Ray. A capa, ilustrada por Marcel Duchamp, foi peça de arte tipográfica, com letras rodeando a figura de La Belle Haleine, tal qual rótulo de vidro de perfume impresso com a fotografia de Rrose Sélavy (Duchamp) por Man Ray, travestido como velha dama; a fotografia foi impressa no meio da capa sobre fundo com as palavras NEW YORK DADA repetidas ad infinitum.
 
Uma ilustração da revista mostrou a fotografia Watch your step [Olhe onde pisa], de Alfred Stieglitz; a Dadaphoto, de Man Ray; a Autorização, de Tristan Tzara, que aproveitou para anunciar sua próxima revista Dadaglobe, nunca publicada; Agora provarei que uma bala disparada não perde sua velocidade quando vira, contornando cantos, artigo de R. Goldberg; Pug debts make society bow, dito anônimo, porém atribuído à Man Ray; Sua, com devoção, poema de autoria da excêntrica baronesa Elsa von Freytag-Loringhoven, ilustrado com duas fotografias dela;  Não Perca..., anúncio da Sociedade Anônima Schwitters Co. Foram mencionadas em New York Dada outras revistas vanguardistas, como Aesthete, The Soil, The Rogue, The Little Review e New Review of Poetry. 
 
RONGWRONG [ERROERRADO].

          O espírito Dadaísta que norteou os dois números da publicação The Blind Man (Nova York, abr. – maio, 1917), norteou a publicação do único numero da Rongwrong (Nova York, maio, 1919) e da New York DADA (abr., 1921). Todas as revistas citadas foram editadas por Marcel Duchamp e Man Ray para o Dadaísmo nova-iorquino, organizado pelos artistas com a ajuda de Francis Picabia, Walther Conrad Arensberg e Alfred Stieglitz (Nova York, 1915-1921).
 
 
THE BLIND MAN [O CEGO].
 
          A revista The Blind Man (Nova York, n. 01, 10 abr. - n. 02, 02 maio, 1917), foi editada com dois números por Marcel Duchamp. Na época Duchamp mantinha grande influência sobre Francis Picabia e Man Ray; com ambos ele compartilhava a paixão pelo jogo de xadrez, além da excepcional ligação dos três artistas com a arte das vanguardas. Estas características pessoais comuns possibilitaram a emergência do estilo provocador e mistificador que norteou a linha editorial da publicação, bem como da outra revista publicada poucos anos antes por Man Ray, The Ridgefield Gazook (Nova York, 1915; v.).
 
A revista The Blind Man foi ilustrada com a fotografia da obra Moinho de Chocolate de Marcel Duchamp; seu número 2 foi editado por Totor, um dos muitos pseudônimos de Duchamp, com Pierre Roche e Beatrice Wood. Nos textos apareceu o artigo S.T.E.S., de Eric Satie; a fotografia de ready-made de Duchamp, assinado com o pseudônimo de R. Mutt (Richard Mutt); o artigo A obra recusada nos Independentes, publicando a fotografia (Alfred Stieglitz) da obra Fonte, de autoria de Richard Mutt (M. Duchamp); o editorial de Louise Norton: O caso de Richard Mutt; poema de Charles Demuth, dedicado a Richard Mutt; Caricaturas Expressionistas, de Clare Tice, publicadas também em outras revistas vanguardistas; o poema Axiom [Axioma], de Walter Conrad Arensberg; Carta de uma mãe; a pintura Coney Island, de Joseph Stella; o poema Medusa, de Francis Picabia;  a  reprodução de pintura de Charles Duncan; a crítica sobre Marie Laurencin, de autoria de Gabrielle Buffet (Buffet-Picabia); a reprodução da carta de Alfred Stieglitz, sugerindo o total anonimato para todos os participantes do Salão dos Artistas Independentes (Nova York); outros artigos, críticas e poesias.
 

 
THE RIDGEFIELD GAZOOK
[A GAZETA DE RIDGEFIELD]
 
          A revista The Ridgefield Gazook (Nova York, 31 mar., 1915), publicou único número editado pelo artista plástico multimídia Man Ray, que ficou muito conhecido como fotógrafo. O artista foi o norte-americano mais associado às vanguardas artísticas francesas e a Marcel Duchamp, com quem ele integrou o movimento Dadaísta norte-americano (Nova York, 1915-1921). Essa revista, que foi a primeira publicação Dadaísta na América, foi anterior à mais conhecida publicação internacional, a revista Cabaret Voltaire (Zurique, jun., 1916), mas, de certa forma, concorreu com a revista 291, que foi a primeira das vanguardas norte-americanas nessa época, voltada para a divulgação das obras de fotógrafos, publicada por Alfred Stieglitz para sua 291 Art Gallery (Nova York, 1o mar., 1915). A dupla dinâmica Man Ray e M. Duchamp publicou em Nova York The Ridgefield Gazook (31 mar., 1915), The Blind Man (1917), TNT (1919) e New York Dada (abr., 1921).
 
 
TNT.
 
          A revista TNT (Nova York, mar., 1919) foi publicada com único número editado por Man Ray e Marcel Duchamp. A ilustração da capa foi a reprodução de  escultura de Adolf Wolff. Arevista publicou artigo de Adom Lacroix, primeira companheira de Man Ray; de autoria de M. Duchamp os artigos Etymous, A pantomine, Caixa de Fósforos (1913), Caixa Verde e Notas para o Grande Vidro (que Duchamp idealizou, mas jamais executou); A porta Giratória, artigo de Man Ray com texto descritivo do conjunto das técnicas de suas dez colagens em papel (1916-1917); a reprodução da pintura primitiva de Louis Bouche; o caligrama Carrefour, de autoria de Phillipe Soupault; Abstração Geométrica, desenho de Charles Sheeler; o poema A malícia das sombras, de Mitchel Dawson; o poema Folhas de Chá, de Adolf Woll; a  reprodução da pintura Meu primeiro nasciturno, de M. Ray; o drama O teatro da alma, do russo Nikolai Evreinof, entre alguns outros textos.]
REFERÊNCIA SELECIONADA:
 
CATÁLOGO.ADES.Dada and Surrealism Reviewed. Introduction by David Syilvester and supplementary essay by Elizabetn Cowling. London: the Authors and the Art Council of Great Britain, Hayward Galleries, 1978. 475p.: il.
 
 

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