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Saturday, July 11, 2015

1924-1926-GRUPO LITERÁRIO (ARGENTINO) DOS PENSADORES [DE LOS PENSADORES] (Buenos Aires, Argentina).

GRUPO LITERÁRIO (ARGENTINO) DOS PENSADORES [DE LOS PENSADORES] (Buenos Aires, Argentina, 1924-1926). O artista plástico Xul Solar participou do grupo multidisciplinar dos Pensadores [Los Pensadores], que publicou a revista homônima, junto com Carlos Astrada, Jorge Luís Borges, Norah Borges, Elias Castelnuovo, Maria Clemência, D. Echegaray, Alfredo Gutero, Roberto Mariani, Evar Mendéz, Vitória Ocampo, Pablo Rojas Paz, Lorenzo Stachina, Ildefonso P. Valdéz e Álvaro Yunque, entre outros, juntamente com os participantes da dita, Nova Geração Borlett, Furt, Güiraldes, Luis E. Soto e Pedro J. Vignole; e dos escritores uruguaios Juan M. Filásticos, Juan M. Prous e Domingo Soco. O Grupo dos Pensadores (Buenos Aires, 1924-1926), inaugurou as vanguardas sul-americanas, que começaram anteriormente com o Grupo do Estridentismo ou do Novo Mexicanismo (Cidade do México - Jalisco, 1921-1924, v. abaixo), e continuaram com os modernistas, destacados na Semana de Arte Moderna (São Paulo, 1922; v. abaixo). A partir do início da década de 1920, Luis E. Soto e Pedro J. Vignole estenderam a ponte entre as vanguardas literárias argentinas e as brasileiras, passando pelo escritor paulista Mário de Andrade. Os escritores portenhos visitaram São Paulo (janeiro, 1926), como representantes da revista Los Pensadores, Arte Critica e Literatura (1924-1966), editada pela Cooperativa Editora Claridad, de Antonio Zamora (Buenos Aires). Soto e Vignole conheceram Mário de Andrade e, desde então, passaram a informar ao intelectual paulista todo o universo da renovação da literatura argentina. Alguns anos antes José Ortega y Gasset, que pertenceu ao grupo das vanguardas espanholas ditas, Ultraístas, do qual também participou Jorge Luis Borges, publicou em El Sol (Madrid, 1923) o artigo Obra de las Generaciones, sua pesquisa sobre a nova literatura argentina. O texto foi logo depois reproduzido na revista citada, publicação que também divulgou Monteiro Lobato na Argentina. Na revista das vanguardas argentinas Nosostros saiu publicado o artigo Resenha da Renovação da Estética na Argentina - Para uma Arte Americana, de Vignole, que versava sobre o nascimento da nova geração de escritores argentinos logo após o término da Primeira Guerra Mundial, reproduzido no jornal Folha da Manhã (São Paulo, 1926). Soto tinha sido colaborador da revista argentina Proa, atingida por crise profunda, mas, fundaram a revista homônima com orientação política esquerdista, da qual participaram Jorge Luís Borges, Pablo Rojas Paz, Güiraldes, Elias Castelnuovo, Roberto Mariani, Alvaro Yunque, Lorenzo Stachina e Raul Gomes de La Serna. Este grupo de intelectuais argentinos ficou conhecido sob a denominação de Pensadores. Soto voltou do Brasil para a Argentina, quando levou livros e revistas das vanguardas brasileiras doados por Mário de Andrade. As publicações foram entregues aos escritores E. Pettoruti, Victoria Ocampo, J. L. Borges, Evas Méndez e José S. Tallos. Os membros das vanguardas literárias argentinas passaram a contatar Mário de Andrade e se tornaram seus amigos: outros foram Norah Borges (irmã de J. L. Borges), Alfredo Gutero, E. Pettotuti, Carlos Astrada e Echegaray. Mário de Andrade manteve extensa correspondência com esta nova geração de escritores: no acervo da IEB - USP, encontram-se arquivadas 64 cartas, associando o intelectual paulista aos escritores do cone sul, documentando esta pouco conhecida ligação. Através de Soto e Vignole, que antes de chegarem a São Paulo tinham contatado as vanguardas literárias uruguaias, os argentinos forneceram informações a Mário de Andrade, que também contatou os escritores uruguaios Domingo Cayofa Soco, Juan M. Filasticos e Juan Rodrigues Prous, entre outros. Formou-se um ativo núcleo literário e artístico, entre o Brasil, a Argentina e o Uruguai, liderado pelos irmãos Borges, com a participação de Xul Solar, Maria Clemência, Ildefonso P. Valdéz, com o qual Mário de Andrade permaneceu em contato direto. Da nova geração de escritores argentinos participaram Borletta, Castelnuovo, Furt, Güiraldes, Soto e Vignole, além dos citados. Na década de 1920, o crítico de arte Alfredo Chiabra Acosta, mais conhecido como Fernando Acosta, companheiro do pintor Giambiagi, tornou-se o crítico literário mais importante de sua época, e colaborou com artigos para várias das publicações vanguardistas argentinas como Claridad (1926-). Outras revistas, publicadas na mesma época foram Sintesis, La Revista de Música, Criterio, La Gaceta del Sur, Signo, Nosostros, Clarín, Renovación e Revista de Oriente, entre outras. REFERÊNCIAS SELECIONADAS: SCHWARTZ, J.; BARROS, M. A. L. de. Vanguarda e cosmopolitismo na década de vinte. Olivério Girondo e Oswald de Andrade. Tradução de Jorge Schwartz. São Paulo: Perspectiva, 1983, pp. 209-210. SCHWARTZ, J. (Org.). Borges no Brasil. São Paulo: Ed. UNESP, 2000, p. 100. .

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