Translate

Thursday, July 24, 2014

ESTRIDENTISMO OU NOVO MEXICANISMO (Cidade do México e Jalisco, 1921-1924).

ESTRIDENTISMO OU NOVO MEXICANISMO (Cidade do México e Jalisco, 1921-1924). Destaques: ARCE, Maples e Leopoldo MENDÉZ. O escritor mexicano Manuel Maples Arce (1900-1981) havia publicado um único livro de poesias quando lançou o Manifesto do Estridentismo e o movimento homônimo, também conhecido como Novo Mexicanismo (1921-1922). Arce encontrou o nome do movimento nas obras do escritor e poeta francês declamado no Cabaré Voltaire, reduto do Dadaísmo suíço, Jules Laforgue (1860-1887). O escritor e poeta mexicano lançou o Manifesto do Estridentismo na revista que ele editou, a Actual (Cidade do México, 1921). Participaram os escritores e poetas mexicanos Germán List Arzubide (1898-1998), Salvador Gallardo (Dávalos, 1893-1981) e Ramon Lopez Velarde (1888-1921) e o mexicano de origem guatemalteca, poeta, ensaísta, jornalista e educador Arqueles Vela (Salvatierra ou Silvestre Paradox, 1899-1977); artistas plásticos como o escultor Germán Cueto ( 1883-1975), o Dr. Atl (Gerardo Murilo, 1875-1964), Ramón Alva de la Canal (1892-1985), Fermín Revueltas (Sánchez, 1901-1935), seu irmão, o músico Silvestre Revueltas (Sánchez, 1899-1940), e os futuros muralistas mexicanos Rufino Tamayo (1899-1991), David Alfaro Siqueiros (1896-1974); e Diego Rivera (1886-1957), que, na época, vivia na Europa, entre outros. Apoiou o Estridentismo o desenhista e caricaturista Marius de Zayas (1880-1961), mexicano cidadão do mundo que, logo depois foi viver na Europa (1928-1947). Zayas fugiu da perseguição política movida pelo ditador Porfírio Diaz; foi ele quem estabeleceu a verdadeira ponte cultural entre os artistas e intelectuais das vanguardas mexicanas e as vanguardas européias e americanas, desde que participou do Dadaísmo em Nova York (1915-1919). Apoiou o movimento mexicano o colecionador norte-americano Walter Conrad Arnsberg (1878-1954), que, na década 1930-1940, tornou-se ativo promotor das vanguardas e um dos principais responsáveis pela integração entre as vanguardas mexicanas e as norte-americanas. O movimento multidisciplinar internacional foi apoiado por personalidades das vanguardas de várias nacionalidades como o poeta chileno Vicente Huidobro (Vicente Garcia Huidobro-Fernandez, 1893-1948), criador do Grupo do Creacionismo (Buenos Aires - Madri, 1916; v. abaixo), reunido a escritores e poetas espanhóis como Rafael Cansino Assens (1883-1964), Luis Quintanilla (1893-1978), Ramón Gomez de la Serna (1888-1963) e Guillermo de Torre (1900-1971). Na época em que o movimento mexicano foi muito divulgado internacionalmente, aderiram escritores como o argentino Jorge Luis Borges (1899-1986) e sua irmã, a artista plástica Norah Borges (1901-1998) que viviam na Europa, entre outros conhecidos intelectuais de projeção internacional. Entre artistas de outras nacionalidades o futuro muralista Jean Charlot (1889-1979), o francês que, no início da década de 1920 se estabeleceu no México, onde se tornou assistente de Diego Rivera, quando participou do início do Muralismo Mexicano; e os fotógrafos norte-americanos Edward Weston (1886-1958) e Tina Modotti (1896-1942), que viveram três anos fotografando no México (1923-1926). Também participou o artista uruguaio Joaquín Torres-García (1874-1949), que viveu prolongada temporada européia e americana. Os artistas plásticos do grupo realizaram a 1ª Mostra Coletiva com a participação de Ramón Alva de la Canal, Jean Charlot, José Guerrero, Luís Mendéz, Pablo O´Higgins, Máximo Pacheco e Fermín Revueltas. A exposição incluiu desenhos, gravuras e pinturas, nessa mostra dita, Estridentista (Cidade do México, 1921). Na década de 1930 alguns dos Novos Mexicanistas, entre eles Fermín Revueltas, publicaram a revista Crisol (Cidade do México, n. 22, out., 1930). O Estridentismo durou curto período, mas preparou a eclosão do Muralismo Mexicano (1922-), e a valorização da nova estética, baseada no nacionalismo, na cultura indigenista, no folclore e nos valores culturais ancestrais da arte do país. O Estridentismo, que foi o primeiro grito cultural dos países latinos no século XX, foi influente sobre o intelectual brasileiro, o jornalista, escritor e poeta Oswald de Andrade (1890-1954). O movimento mexicano antecipou o início da valorização das vanguardas brasileiras, que eclodiu c. de um ano depois com a realização da Semana de Arte Moderna, conhecida como Semana de 22 (São Paulo, 1922). REFERÊNCIAS SELECIONADAS: ADES, D.; BRETT, G.; CATLIN, S. L.; O´NEILL, R. (Biogr.) Arte na América Latina. A Era Moderna, 1820-1980. Tradução de Maria Thereza de Rezende Costa. São Paulo: Cosac e Naify Edições, 1997, pp. 131-132, 181-184, 351-352. CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L; CAUMONT, J; CELANT, G; COHEN, E.; CORK, R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE MARIA, L.; DI MILLIA, G.; FABRIS, A.; FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.; GREGOTTI, V.; LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.; MENNA, F.; ÁCINI, P.; RONDOLINO, G; RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.; SILK, G.; SMEJKAI, F.; STRADA, V.; VERDONE, M.; ZADORA, S. Futurism and Futurisms. New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs., p. 510. INTERNET. Edward Weston. Wikipédia, a enciclopédia livre. Esta página foi modificada pela última vez à(s) 20h07min de 19 de outubro de 2013. Disponível em:"http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Edward_Weston&oldid=37148036" Acesso: 24 de julho, 2014.

No comments:

Post a Comment