BLOG EDUCATIVO: ARTE AMERICANA DE VANGUARDA: HISTÓRIA, MOVIMENTOS, ARTISTAS E IMAGENS. Brasil-Estados Unidos-México- Argentina-Uruguai-Canadá. Autorretrato acima à direita de Jean-Louis David, com retratos de Napoleão, Marat e Madame Récamier. David foi professor e era primo de Jean-Baptiste Debret, pintor e gravador que veio ao Brasil com a Missão Francesa.
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Wednesday, October 7, 2015
BIOGRAFIA: PANCETTI, Giuseppe Giannini (1904-1958).
BIOGRAFIA: PANCETTI, Giuseppe Giannini (1904-1958).
O artista foi filho de um imigrante italiano que veio morar no Brasil; seu pai foi mestre de obras da construção do Theatro Municipal (São Paulo, 1911-). Aos dez anos de idade o artista foi enviado para estudar na Itália; Pancetti foi viver na casa de seus tios, em Massa Carrara, onde estudou no Colégio dos Salesianos.
O artista exerceu diversas profissões depois que abandonou os estudos, mais simples como carpinteiro e operário, até que conseguiu ingressar na marinha mercante italiana. Pancetti voltou ao Brasil e engajou-se na marinha de guerra brasileira (1922): como marinheiro participou das forças legais no combate à revolta do Forte de Copacabana e das várias revoluções brasileiras (1924; 1930; 1932).
Pancetti começou a pintar marinhas (1925-), ele evoluiu como artista somente depois que passou a frequentar o dito Núcleo Bernardelli, criado à partir da ENBA (Rio de Janeiro, 1931-1941). Pancetti pintou na companhia de artistas como Edson Motta, Milton Dacosta e Bruno Lechowsky (1887-1941), que o ajudaram a desenvolver-se na composição. O artista pintou a melhor fase de sua obra na década de 1940; na de 1950, ele pintou marinhas no litoral baiano. Nos vinte anos finais de sua vida, Pancetti pintou de forma obsessiva o próprio retrato: mais de 40 obras do tema são conhecidas, e sobressai o fato de Pancetti mostrar-se em trajes de trabalhador rural ou de operário, nunca negando suas origens proletárias. O Catalogue Raisonné do artista brasileiro foi compilado e publicado (Teixeira Leite, 1988); destacamos na obra do artista as influências de Paul Gauguin, e mesmo do Expressionismo de Vincent van Gogh. Pancetti utilizou paleta com cores diferentes e luz característica nas suas obras, destacadas especialmente nas suas hoje celebradas marinhas. Na obra de Pancetti destacamos seu Auto-Retrato (1952-1955, óleo/ tela, 45,7 x 33,2 cm), em exposição na Coleção Fadel, mostra realizada no CCBB (Rio de Janeiro, março – abril, 2002). A obra encontra-se reproduzida no catálogo da mostra.
REFERÊNCIA SELECIONADA:
Teixeira Leite, J. R. T. (1988). Dicionário Crítico de Pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Paulo Mendes da Silva - Art Livre, p. 207.
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