BIOGRAFIA: BELMIRO DE ALMEIDA (1858-1935).

BIOGRAFIA: BELMIRO DE ALMEIDA (1858-1935). Belmiro de Almeida nasceu em Serro (MG), mas morreu em Paris. O artista estudou no Liceu de Artes e Ofícios (São Paulo); ele foi aluno de Agostinho José da Mota (1824-1878), Zeferino da Costa (Antônio Zeferino da Costa, 1840-1915) e Souza Lobo, na Academia Imperial de Belas Artes. Almeida lecionou e passou a restaurar o acervo pictórico da academia; seu amigo Rodolfo Amoedo (1837-1941), conseguiu-lhe bolsa de viagem para a Europa (1888). Belmiro viajou para Roma; ele depois estudou no ateliê do pintor Jules Lefébvre (Jules Joseph Lefèbvre, 1836-1911), na Escola Nacional Superior de Belas Artes (Paris, 1893-1896). Belmiro de Almeida pintou obras figurativas, dentro da tradição da época, no estilo Realista; ele participou de várias mostras coletivas e realizou sua primeira mostra individual em Paris. O artista voltou ao Rio de Janeiro, quando substituiu o professor Pedro Weingartner (1858-1929), no estúdio de modelo vivo na ENBA (1916). Belmiro pintou Arrufos, obra celebrada pela crítica de arte; o pintor passou a receber algumas encomendas, como da Intendência Municipal do Rio de Janeiro, para a qual pintou a Apoteose de 15 de Novembro. Ao término da Segunda Guerra Mundial, Almeida voltou a viver em Paris, onde permaneceu até sua morte (1918-1935). Apesar da prolongada estadia no exterior o artista sempre expôs suas pinturas no Brasil, onde recebeu alguns prêmios como Medalha de Ouro no Salão de Belas Artes (1894), e, no mesmo salão, a Grande Medalha de Ouro (1921). Belmiro teve sua obra resgatada na década de 1980, quando foi homenageado com mostra retrospectiva (Rio de Janeiro, 1984); na época foi publicado livro sobre seu trabalho. Recentemente a obra de Belmiro de Almeida foi valorizada, aparecendo na capa do catálogo, impressos e cartazes da mostra Coleção Fadel, realizada no CCBB (Rio de Janeiro, 2002). A obra em questão foi Maternidade em Círculos (1908, óleo/ tela, 46 cm x 38 cm), interessante mistura de Figurativismo com círculos de inspiração geométrica, mas longe da liberdade criativa de outros artistas expoentes da mesma época. REFERÊNCIAS SELECIONADAS: AYALA, W.: SEFFRIN, A. Dicionário de Pintores Brasileiros. Curitiba: UFFR - Universidade Federal do Paraná, 1997. 2ª ed., ver., ampl., 428p. : il., color., p. 19. CATÁLOGO. Coleção Fadel. Rio de Janeiro: CCBB, 2002.