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Sunday, September 2, 2012

BIOGRAFIA: BROOKS, Romaine (1874-1970).


 BIOGRAFIA: BROOKS, Romaine (1874-1970).

Artista americana nascida nas classes privilegiadas foi afetada por uma infância terrível: sua mãe foi abandonada por seu pai e Romaine foi obrigada a cuidar de seu irmão com problemas mentais que resultaram em paranóia na adolescência. A artista, com uma vida sem raízes e peripatética, foi levada aos c. de sete anos de idade para ser criada por avós indiferentes: ela foi internada em elegantes escolas em Nova Jersey, Suíça, França e Itália (Roma, 1896-).

Quando sua mãe e irmão morreram Romaine herdou considerável fortuna; mudou-se então para Capri (1902-). Para salvaguardar as aparências pois passou a viver abertamente como lésbica, a artista casou-se com John Ellingham Brooks. A artista pertenceu às primeiras vanguardas nova-iorquinas, foi contemporânea da Escola da Lata de Lixo (Ashcan School, Nova York, 1908), de Robert Henri. No entanto, Brooks passou o maior tempo da vida na Europa, pois seu comportamento radical escandalizou a sociedade americana, na época bem mais puritana do que a francesa. Na Europa a artista frequentou os salões da intelectualidade e da alta sociedade em companhia de sua companheira, a poetisa de origem afro-americana, Natalie Clifford Barney. Foi nesta época que Brooks conheceu a intelectualidade parisiense, representada principalmente pelos escritores André Gide, Colette e Marcel Proust, entre outros como Gertrude Stein.

A artista criou obras influenciadas por James McNeill Whistler, considerado como o maior artista americano presente nas vanguardas européias, tanto na francesa bem como na inglesa: apesar de viver na Europa Whistler expôs regularmente nos EUA. A obra de Brooks é formada principalmente por retratos, que conseguiram para a artista considerável reputação na década de 1920: mas ela perdeu o prestígio na de 1930, para cair no esquecimento a partir da década de 1940.

Brooks tem sido muito pouco citada como pertencente às vanguardas americanas: mas foi moderna na sua obra figurativa de linhas contidas e cores sóbrias composta em gradações neutras como os cinzas, pretos e beges: seu auto-retrato (1923), encontra-se no Museu de Arte Americana, do Instituto Smithsonian, em Washinghton, (D.C.), bem como o notável retrato da Baronesa Émille d’ Erlanges (1924), reproduzidos (HELLER, 1997).

REFERÊNCIAS SELECIONADAS:

ARNASON, H. H.; PRATHER, M.; WHEELER, D. (Org.).
History of Modern Art. 4TH ed. New York: Harry N. Abrams, 1998. 744p.: il., p. 401.


HELLER, N. Women Artists: an Illustrated History. 3a ed. New York - London - Paris: Abeville, 1997, pp. 144-146.

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