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Saturday, October 13, 2012


HISTÓRIA DAS VANGUARDAS AMERICANAS. O PERIÓDICO  MASSES [MASSAS].
  
O periódico Massas (Nova York, 1911 – dez., 1917) foi editada por Floyd Dell e Max Eastman, associado ao editor e artista plástico Stuart Davis. Davis, vindo da Filadélfia onde sua família era proprietária de empresas jornalísticas, foi viver em Nova York, associado a um grupo de artistas que eram ilustradores de jornais e revistas da Filadélfia. Davis participou do dito, Grupo (Americano) dos Oito [The Eight Group], também conhecido como o Grupo dos Realistas de Nova York [The New York Realists] (v.), o primeiro grupo das vanguardas nova-iorquinas.

Participaram do periódico Masses John Sloan, artista plástico, o editor de arte; sua esposa, Dolly Sloan; o artista plástico, desenhista e caricaturista, George Wesley Bellows; e Art Young e Maurice Beecker, entre outros. Eastman assumiu a direção do jornal no segundo ano, permanecendo até o final da publicação (1912-1917). De acordo com Eastman, Sloan adorava o jornal e todos integravam a equipe perfeita.
 
Masses apoiou a greve dos trabalhadores da indústria têxtil (Lawrence, MA) e depois a greve e as reivindicações dos trabalhadores da indústria da seda (Patterson, NJ). A publicação foi a primeira a apresentar aos norte-americanos as teorias de Sigmund Freud. O The Masses publicou as poesias de William Carlos Williams, textos de J. Goldman e Djuna Barnes e do jornalista John Reed, considerado o poeta da aventura. Reed ficou conhecido internacionalmente depois que ele presenciou a tomada do Palácio de Inverno pelas tropas proletárias durante a Revolução Russa, que descreveu com detalhes no seu livro 10 Dias que abalaram o mundo.

 O estilo gráfico do The Masses foi dado por John Sloan que se tornou seu editor de arte (jun., 1913-1915): ele pesquisou as revistas francesas Le Rire e L´Assiette au Beurre, ilustradas, entre outros, por Jean-Louis Forain e Théophile Alexandre Steinlen; e as publicações das vanguardas alemãs, de grande sucesso, Jugend, Simplicissimus e Fliegende Blätter. O Masses publicou as ilustrações de George W. Bellows, voltadas para questões sociais (abr., 1913-1915) e de outros desenhistas e ilustradores americanos, como O. E. Cesare, James Montgomery Flagg, Wallace Morgan e James Preston. As ilustrações do jornal não eram pagas, mas havia uma fila de inscritos, devido ao prestígio e a penetração do periódico. Bellows foi o cartunista ideal, litógrafo que iniciou um estilo pessoal de desenho e gravura pouco antes da I Guerra Mundial (1914-1918; v. Gravura: Litografia Norte-Americana).
 
Masses funcionou como uma cooperativa e as decisões foram tomadas em conjunto; ocorreu a grande mudança quando a I Guerra Mundial chegou. Sloan resignou de seu cargo saindo da publicação juntamente com Glen Coleman e H. Glinterkamp: assumiu o seu lugar Robert Minor. O jornal se manteve pacifista: a postura foi de encontro às leis severas da censura, quando o Masses perdeu os privilégios de sua distribuição através do Correio dos Estados Unidos [U.S. Post-Office]. Os editores foram processados: e, enquanto George Eastman e seu assistente-chefe Art Young estavam sendo julgados, eles publicaram o primeiro número do jornal Liberator (v.).

REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
ENGEL, C. The Realists Eye: The Illustrations and Litographs of George Wesley Bellows. In Print Review. New York: Pratt Graphics Center, 1979, n. 10, pp. 70-86.
FITZGERALD, R. Art & Politics. Westport, Connecticut: 1973, p. 13.
REED, J. 10 Dias que abalaram o mundo. Tradução de Armando Gimenez. Porto Alegre: L & PM, jan., 2004. 376 p., 10,5 x 17,5 cm.

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