Translate

Friday, October 12, 2012





HISTÓRIA DAS VANGUARDAS AMERICANAS. 

REALISMO (AMERICANO): REALISMO SOCIAL NOVA-IORQUINO, OU REALISTAS DE NOVA YORK, OU REALISTAS SOCIAIS DE NOVA YORK [NEW YORK SOCIAL REALISM, NEW YORK REALISTS, NEW YORK SOCIAL REALISTS] (Estados Unidos, c.1929-1939).




O professor Robert Henri escreveu e publicou O Espírito da Arte [The Art Spirit] (Nova York, 1923): ele reuniu 8 alunos que, na sua maioria estudaram na Academia de Arte da Filadélfia. Os ditos, Realistas de Nova York, foram os participantes do Grupo dos Oito, americanos que formaram as primeiras vanguardas nova-iorquinas: Arthur Bowen Davies (1862-1928), William Glakens (1870-1938), Edward Hopper (1882-1967), Ernest Lawson (1873-1939), Maurice Prendergast (1891-1953), George Luks (1867-1933), Everett Shinn (1876-1952) e John Sloan (1871-1951).



Desse grupo, Glakens e Sloan foram fundadores da Sociedade de Artistas Independentes (v.); Everett Shinn (1873-1958), tornou-se um dos primeiros diretores de arte do cinema norte-americano. Todos os citados produziram desenhos que ilustraram livros, jornais e revistas da época (Filadélfia - Nova York, década 1920-1940). Vários dos citados trabalharam como ilustradores ou diretores de arte nas empresas gráficas da família de Stuart Davis na Filadélfia. Quando esses artistas foram viver em Nova York se tornaram alunos de Robert Henri na Escola de Nova York [New York School] fundada por ele; eles participaram da mostra inaugural das vanguardas norte-americanas realizada na Galeria MacBeth (Nova York, 1908).

A temática desse grupo de artistas foi simplificada, retratou objetos da era da máquina e do dia a dia, como torradeiras e liquidificadores. Os artistas, desenhistas e ilustradores de jornais e revistas, pintaram esses temas banais, simplificados, pela primeira vez na arte norte-americana. O Realismo Social Nova-Iorquino obteve sua principal temática diretamente calcada na vida diária da cidade de Nova York, onde os artistas viviam, muitos deles, pouco depois de passarem prolongada temporada européia (c. 1890-1905). O grupo admirava a Era da Máquina pela objetividade dos novos objetos, que preenchiam as funções para as quais haviam sido criados

A partir da década de 1930 as obras e os artistas do Grupo dos Realistas de Nova York ficaram conhecidos com nomes depreciativos de Realistas Sociais e Grupo da Escola da Lata de Lixo [Ash-Can School]. Ambos os nomes [Ashcan School e Social Realism] são termos pejorativos, comumente empregados pela crítica de arte em muitas épocas e, nessa em particular, quando foram analisados desfavoravelmente os movimentos da arte das vanguardas que mesclavam a política com o socialismo, na critica ácida à sociedade norte-americana. A segunda denominação surgiu da crítica de Art Young, editor-assistente da revista The Masses [As Massas] (Nova York, 1911-1917). O comentário desabonador passou a nomear o grupo desde que foi publicado no jornal New York Sun (8 abr., 1916), e se encontra reproduzido no livro de William O´Neill.

Na década de 1960 as obras destes primeiros artistas da Filadélfia atuantes em Nova York, influenciaram a imagética da Arte Pop [Arte Popular ou Masssiva] (v.). O expoente da arte Americana, Andy Warhol, estudou na Filadélfia antes de viver em Nova York, e conhecia bem as obras de A. Davies, J. Sloan e E. Hopper, cujos temas banais representaram grande influência na pintura de signos e símbolos urbanos adotados pelos artistas da Arte Popular norte-americana.
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
ARTIGO. CHARLENE, E. The Realists Eye: The Illustrations and Litographs of George Wesley Bellows. In Print Review. New York: Pratt Graphics Center, 1979, n. 10, pp. 70-86,p. 86 n. 13.

INTERNET. George Bellows. From Wikipedia, the free encyclopedia. 02 jan., 2009. Disponível em:<http://en.wikipedia.org/wiki/ George_Bellows> Acesso: 3 fev., 2009.     
 
INTERNET. American Realism. From Wikipedia, the free encyclopedia. 30 abr., 2009. Disponível em <http: //en.wikipedia.org/wiki/ American_realism> Acesso em 02 maio, 2009.
 
O´NEILL,W. Echoes of Revolt: The Masses, 1911-1917. Chicago: 1966, p. 6.

No comments:

Post a Comment